Cochilos podem melhorar desempenho da memória

Pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha, descobriram que uma breve soneca pode melhorar significativamente a retenção das informações na memória.

— Mesmo um sono curto, com duração entre 45 e 60 minutos, produz uma melhoria de cinco vezes na recuperação de informação a partir da memória — explica Axel Mecklinger, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

Na pesquisa, um grupo de participantes assistia a filmes enquanto os outros pacientes dormiam. Em um teste de memorização de palavras, os que ficaram acordados tiveram resultados piores em comparação com aqueles que cochilaram.

 

Saiba como lidar com a troca de fuso horário

O jet lag é um distúrbio de sono muito comum entre pessoas que viajam, pois ao mudar de fuso horário o corpo sente a diferença entre as horas de luz e escuridão e o organismo pode alterar a forma de trabalhar.

Para amenizar o impacto do jet lag, a neurologista e presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS), Elyéia Hanuch, diz que é preciso levar em conta os seguintes aspectos: tempo de duração da viagem, o motivo do deslocamento e por quantos fusos a pessoa irá passar.

Quando a viagem é curta, a médica declara que é melhor não tentar se habituar ao horário local, pois não valeria o esforço de ter de voltar para casa e se restabelecer a rotina do sono novamente.

também é necessário considerar o motivo da viagem, pois há diferença entre enfrentar o jet lag quando se está a passeio e quando se está a trabalho. Se alguém se desloca com fins profissionais, é preciso ter disposição para atender aos compromissos e ser produtivo.

Para essas pessoas, a neurologista indica consultar um médico para ver se há a possibilidade de utilizar um medicamento para ajudar a enfrentar as frequentes mudanças e, ainda, estabelecer uma regra de horário para descanso.

Mas, ela não recomenda utilizar qualquer medicação sem a prescrição de um médico, pois pode ser muito mais drástico enfrentar os efeitos colaterais de um remédio longe de casa, do que lidar com os problemas ocasionados pela mudança de fuso.

Crianças também podem sofrer com a apneia obstrutiva do sono

A apneia obstrutiva do sono não é um problema exclusivo de adultos: muitas crianças também são acometidas pelo distúrbio caracterizado pela obstrução de nariz, garganta ou orofaringe (parte da garganta logo atrás da boca). As recorrentes pausas na respiração interrompem o sono diversas vezes durante a noite, e os problemas se estendem ao longo do dia.

— Tratar a doença corretamente faz com que a criança obtenha melhoras significativas na qualidade do seu sono, do seu aprendizado e da sua sociabilidade — ressalta o pneumologista do Centro de Medicina do Sono do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, Pedro Genta.

Além do ronco, alguns dos sintomas da apneia entre as crianças são o sono agitado, a dificuldade para respirar, dormir de boca aberta, babar e a sudorese.

Dependendo do caso, o tratamento pode ser à base de medicamentos, como os corticoides nasais, ortodôntico ou cirúrgico. O pneumologista também lembra que a cirurgia das amígdalas e adenoide pode curar a apneia definitivamente, acrescentando que, em pacientes com problemas nasais e respiração oral, o tratamento conjunto com o dentista e o fonoaudiólogo é importante.

 

Noites mal dormidas podem deixar você mais sensível à dor

De acordo com um estudo publicado pelo jornal PAIN, da Associação Internacional para Estudo da Dor, há recursos focados em tratar, ao mesmo tempo, tanto dores crônicas quanto noites mal dormidas.

A pesquisa foi realizada com 10,4 mil adultos, submetidos a um teste padrão para avaliar a tolerância à dor de cada um. Os participantes foram interrogados sobre diversos tipos de problemas durante as noites, como insônia e o tempo que eles levam para pegar no sono. Em seguida, os indivíduos foram convidados a manter as mãos submersas em água fria.

Em torno de 30% dos participantes conseguiram deixar as mãos na água gelada durante os cerca de 100 segundos de teste. Das pessoas que tiraram as mãos antes do fim da experiência, 42% sofrem com insônia.

Os resultados concluíram também que a tolerância à dor está associada ao tempo que um indivíduo leva para conseguir dormir, apesar de não ser levado em consideração as horas totais de sono.

O estudo é o primeiro a encontrar essa ligação, mas pesquisadores acreditam que mais experiências são necessárias para explorar o papel de neurotransmissores. Enquanto isso, terapias cognitiva-comportamentais têm se mostrado eficazes para resolver problemas de dor e insônia individualmente.

A privação de sono pode atrapalhar na tomada de decisões

Nada melhor do que dormir direitinho para evitar fazer bobagens no dia seguinte. Basicamente, é essa a conclusão de uma pesquisa feita pela Washington State University e publicada na última edição da revista científica Sleep. Os estudiosos chegaram à conclusão de que noites mal dormidas em sequência podem afetar a tomada de decisões.

Desenvolvido durante seis dias, o estudo analisou como 26 pessoas com idades entre 22 e 40 anos reagiam a testes propostos pelos estudiosos. O resultado mostrou que as pessoas que tiveram o sono privado tiveram dificuldade em entender a natureza dos testes e muita dificuldade em ter bom desempenho quando as regras eram mudadas.

– Durante o sono, o cérebro se recicla, se reseta, em uma linguagem para leigos. Uma série de hormônios são produzidos, nossa memória é ativada e ajuda a fixar coisas que aprendemos durante o dia. Além de tudo isso, a privação de ajuda prejudica porque causa cansaço. A sonolência causa desatenção e prejudica o rendimento – avalia o neurologista Geraldo Rizzo, membro da Associação Brasileira do Sono.

Rizzo indica que, em média, uma boa noite de sono para adultos tem entre sete e oito horas – mas há pessoas que necessitam um pouco menos (os chamados dormidores curtos) e outros que precisam de um pouco mais (os dormidores longos). Mas, seja para quem for, uma noite bem dormida, sem interrupções, é essencial para que o dia seguinte seja bom.

Hipertensos que dormem demais ou de menos podem ter aumento nos riscos de derrame

Cientistas da Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas hipertensas que dormem menos de cinco horas por noite sofrem um risco 83% maior de sofrer um derrame, quando comparado àqueles que dormem entre sete e oito horas por noite. Já os dorminhocos, que dormem mais de oito horas, correm um risco 74% maior.

Os autores suspeitam que o aumento do risco em pessoas que dormem pouco esteja relacionado ao aumento dos níveis de cortisol no sangue, também conhecido como hormônio do stress. Enquanto longas horas de sono estariam associadas à liberação de substâncias inflamatórias.

A pressão alta, também conhecida como hipertensão, já é um fator de risco para AVC e outras doenças cardiovasculares. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2014, a população com a doença chegou a 24,8%. As mulheres são maioria nesse cenário e respondem a 26,8% dos casos, enquanto os homens respondem a 22,5% dos casos.

Terapia comportamental é eficaz contra insônia

Quem sofre de insônia sabe que a dificuldade é muito maior do que a quantidade de horas dormidas durante uma noite. Na verdade, os insones enfrentam principalmente problemas para pegar no sono e também para conseguir manter a qualidade desse descanso. Uma nova revisão de 20 estudos científicos mostrou que os comprimidos para induzir o sono não são os únicos que apresentam resultados satisfatórios para resolver esses casos.

Segundo o levantamento, publicado na revista científica Annals of Internal Medicine, a terapia cognitivo comportamental (TCC) é uma arma eficaz para quem não consegue dormir. O objetivo da TCC é, por meio de mudanças de hábitos, reprogramar o cérebro para ensiná-lo a adormecer.

Entre as recomendações mais comuns da terapia cognitivo-comportamental, está a de não ficar rolando na cama se não conseguir dormir em, no máximo, 20 minutos. O próximo passo é levanta-se e fazer algo relaxante. O intuito é associar o local do sono com relaxamento e conforto – não com um lugar para frustração e preocupação. Técnicas de respiração, relaxamento e meditação também podem ser eficazes. A vantagem, segundo os médicos, é que as pessoas que adotam a terapia não precisam ficar dependentes dos medicamentos para dormir e, por isso, não sofrem efeitos colaterais.

Tratar a apneia do sono pode evitar a deterioração da memória

Um novo estudo sugere que os distúrbios respiratórios do sono podem estar associados ao declínio mental precoce e ao mal de Alzheimer. Tratar a apneia do sono com CPAP (aparelho para pressão positiva contínua das vias aéreas) pode adiar bastante o aparecimento de distúrbios cognitivos.

Os pesquisadores coletaram informações sobre a incidência de apneia do sono (distúrbio de respiração caracterizado por interrupção da respiração e ronco) de um grupo de 2.470 pessoas, com idade média de 73 anos.

Após o ajuste de diversas variáveis, eles descobriram que as pessoas com distúrbios respiratórios do sono desenvolveram deficiência cognitiva em média dez anos mais cedo do que as pessoas que não tinham esses problemas.

Todavia, para as pessoas que usaram CPAP, o aparecimento de deficiências cognitivas foi retardado em dez anos em média, em comparação com as pessoas que não receberam tratamento – período de tempo quase igual ao de pessoas que não tinham distúrbios de sono.

O Dr. Ricardo S. Osorio, principal autor do estudo e professor pesquisador de Psiquiatria do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York, afirmou que a análise – publicada on-line no periódico “Neurology” – foi um estudo observacional que não estabeleceu uma relação de causa e efeito.

“Todavia, precisamos aumentar a consciência de que os distúrbios do sono podem aumentar o risco de deficiência cognitiva e talvez de mal de Alzheimer”, acrescentou.

Dicas para acordar cedo sem (tanto) sofrimento!

Vá para a cama quando estiver cansado e faça isso no mesmo horário todos os dias

Mesmo que você não esteja como sono a 1h da manhã certifique-se que seu despertador está programado para o novo horário de manhã. No dia seguinte você cansará mais cedo e um novo — e mais estável — padrão de sono começará a se estabelecer. Mas não tente forçar a si mesmo dormir quando não está com sono. Você se sentirá frustrado e perderá tempo valioso na cama, acordado. Essa ansiedade pode levar a insônia. Portanto espere até sentir-se cansado e acorde no mesmo horário todos os dias. Logo o seu novo ciclo de sono se estabelecerá.

A regra dos 90 minutos

Apesar de ser consenso geral que oito horas é a quantidade ideal de sono as pesquisas afirmam que o sono ocorre em intervalos de 90 minutos. Este ciclo de 1h30min inclui duas doses de sono REM com uma dose de sono não-REM entre elas. Portanto a melhor maneira é transformar o seu tempo de sono em um múltiplo de 90 minutos.

Deixe o Sol entrar

Deixe as cortinas ou persianas abertas para que o sol entre pela manhã. Quando está escuro o seu corpo responde produzindo melatonina, o hormônio do sono. A luz interrompe este processo e dá um aviso para o seu cérebro que é hora de acordar.

Mude o lugar do seu despertador

Para muitas pessoas a parte mais difícil de acordar é sair de uma cama quentinha e confortável. Portanto, se você tiver que levantar para desligar o seu despertador, tanto melhor. Mude-o para um canto distante do quarto e certifique-se que o som está em um volume intolerável, talvez com um tipo de música bem irritante.

Faça o que for necessário para que você fique enervado o suficiente para levantar e desligá-lo. Já que você levantou as chances de que você não voltará a dormir são melhores do que quando você estava na cama.

 

Alimentos que induzem o sono e ajudam a emagrecer!

Como ainda esta semana tratamos do assunto sono e emagrecimento, vamos te mostrar agora alguns alimentos que auxiliam na indução do sono e ajudam a facilitar o emagrecimento!

“Comer muitos alimentos que contêm triptofano, um aminoácido que o organismo transforma em serotonina, ajuda a reduzir o apetite, relaxar, induzir e melhorar o sono”, explica a nutricionista Ligia Henriques.

Banana, batata, leite, iogurte desnatado, queijo branco, aveia, produtos à base de soja, peixes, frutos do mar, aves, carnes magras, grãos integrais, feijão, frutas oleaginosas (amêndoas e nozes), açúcar mascavo, mel, frutas secas e ovos são algumas das opções.

Chá de melissa e chá de camomila também são ótimas opções para antes do sono, pois saciam a fome noturna e atuam no sistema nervoso central, diminuindo a agitação.

Como o sono influi na perda ou ganho de peso!

Os últimos estudos mostram que quem dorme menos de 7 horas tem uma tendência a acumular mais gordura. Mas os mesmos estudos mostram que dormir mais de 10 horas também favorece esse acúmulo de gordura, embora menos do que quem dorme pouco.

Nas 4 primeiras horas de sono, ocorre a liberação de vários hormônios que farão nossa recuperação, entre eles o GH, que é o hormônio do crescimento. Já nas duas horas finais, ocorre o reparo psicológico, por isso que quem dorme menos fica mais irritado, estressado, desconcentrado.

Quando se dorme pouco o corpo libera mais cortisol, um hormônio ligado, entre outros efeitos ruins, ao estresse. Ele tem uma relação direta com o acúmulo de gordura no abdômen, um tipo bastante perigoso pra saúde.

Para completar, quem dorme menos acaba comendo mais por ficar mais tempo acordado. É uma questão de lógica: a pessoa normalmente faz uma refeição a mais.

A atividade física tem uma relação muito direta com o sono. Quem se exercita consegue dormir melhor e inúmeros estudos comprovam isso. O motivo é que o corpo fica mais relaxado. As atividades aeróbias são as que mais produzem esse efeito.

 

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